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Em Busca da Conexão 3G Menos Pior - A Vivo Leva Vantagens

Escrito por William Santos | sexta-feira, 11 de janeiro de 2013 | 16:31

Encontrar um serviço de internet móvel decente no Brasil não é tarefa fácil. Eu costumo considerar a velocidade que oferecem após o consumo das míseras franquias de dados ofertadas pelas operadoras como fator mais importante, junto, é claro, da cobertura 3G e qualidade da rede. É possível encontrar algo aceitável por um preço não tão alto hoje em dia, mas há dois anos atrás o cenário era bem diferente.

Em Junho do ano passado eu fiz um teste para tentar encontrar um serviço de acesso a internet 3G na região onde moro e trabalho. Naquela ocasião eu usava um plano da Oi, o Velox 3G, que fora contratado no ano anterior após uma pesquisa entre os planos pós pago de todas as operadoras locais. A Oi oferecia os melhores preços por franquias razoáveis. Na época eu contratei a Velox 3G com uma franquia de 5 Gb mensais ao custo de R$ 60,00, porém pagando pelo excedente caso ultrapassasse esta marca. Não havia redução de velocidade. Mas os problemas surgiram logo que cheguei em casa e coloquei o modem no PC. Simplesmente não havia sinal 3G e o sistema sofria pra conseguir a conexão em 2G (EDGE). Coloquei uma extensão USB e sai procurando na bancada onde o modem captava um sinalzinho melhor. Achei, finalmente, uns 12% de sinal 3G num ponto e prendi o modem com fita adesiva naquele local. Dias depois eu descobriria que em outro cômodo, num dos quartos da casa, próximo a uma janela era possível encontrar um sinal melhor, com coisa de 18%, sem muita oscilação. Ali passou a ser o ponto de internet quando eu estava em casa.

Mas na rua era mais difícil usar o serviço. A cobertura da operadora não alcançava todos os locais por onde eu estava enquanto trabalhava. Ainda assim eu suportei a situação por um só motivo: o custo. Era o único plano que oferecia 5 Gb pelo valor que, em outras operadoras, equivalia a uns 2 Gb de franquia. Porém, o sistema de acompanhamento da Oi, naquela época, era péssimo. Desatualizado pra caramba (e este é um problema comum entre nossas operadoras), me deixava sempre na dúvida sobre a proximidade com o limite do plano. Dai eu sempre ultrapassava a franquia e o valor da conta, no final do mês, nunca era o esperado. Percebi que não fazia sentido continuar com aquele plano. Aproveitando que não havia no contrato uma cláusula de fidelidade, liguei solicitando o cancelamento do serviço. Eu estava disposto a mudar de operadora, por uma que me oferecesse redução de velocidade ao invés de cobrança extra. E parece que a atendente da Oi havia lido meu pensamento. Assim que informei minha intenção ela sugeriu uma mudança no plano que o tornaria adequado ao que eu gostaria que fosse.

A proposta foi irrecusável, eles até me deram uns meses sem limites de verdade. Não havia franquia alguma, eu navegava o tempo todo com a velocidade máxima do plano, sem me preocupar e pagava metade do valor do plano mais básico, através de uma promoção da Oi. Com estes benefícios, não era possível cancelar o plano, mesmo enfrentando as dificuldades de acesso por conta da cobertura deficiente da operadora na região. Era muito barato, o plano internet mais barato que já tive. Acontece que depois de um tempo cortaram o benefício da inexistência de uma franquia e passei a usar o serviço como assinante do plano básico, com imorais 150 Mb como limite. No entanto, não havia cobrança extra. A redução de velocidade na Oi Velox era, e ainda é, para 150 Kbps. E isto me manteve cliente da Oi, pois na época nenhuma operadora oferecia mais do que 128 Kbps, e olhe lá. Apenas planos caríssimos em outras operadoras oferecia uma velocidade razoável após o consumo da franquia.

A TIM Quase Me Conquistou

Contudo, em meados de 2012 começaram a surgir planos interessantes em outras operadoras, justamente do ponto de vista da velocidade após o consumo da franquia. Isto me possibilitaria encontrar uma operadora com melhor cobertura que me oferecesse uma velocidade parecida com a que eu tinha na Oi. Seria uma vantagem e eu estava até disposto a pagar um pouco mais por uma melhoria na qualidade. Testei a Claro e tive problemas parecidos com os da Oi Velox 3G no que se refere cobertura. Em Junho, foi a vez de adquirir um chip da TIM e ver no que dava, através de um plano pre pago. O teste, nos primeiros dias, foi muito interessante. A cobertura impecável, o sinal 3G, bastante forte, estava em todos os lugares e a redução para míseros 64 Kbps, naquele plano pre pago, ainda me permitia navegar melhor do que nos 150 Kbps da Oi. Mas nem tudo são flores. Eu sabia da má reputação da TIM e sempre mantive um pé atrás com ela. Dito e feito. Uns 4 dias após o estouro da franquia, quando eu já estava pronto pra ir até a loja deles fechar negócio com um plano pós pago de 2Gb, cuja redução pós franquia era para 200 Kbps, superando o da Oi Velox 3G, comecei a ter problemas com a rede. Parecia congestionada, estava instável, uma hora tinha acesso (lento, mas tudo bem, eu estava ciente dos 64 Kbps), porém em outro momento tudo parava. Nem no modem, nem no smartphone, não tinha jeito de navegar de forma decente. O sinal continuava forte, mas a rede...

Escapei por pouco da TIM. E fiquei na Oi Velox até o final de 2012, quando boas surpresas surgiram. A Oi investiu em melhorias na cobertura local. Eu passei a ter sinal 3G decente em qualquer lugar nos arredores de casa e até em áreas onde jamais conseguia nada com ela. Entretanto foi tarde demais. A unica operadora com a qual eu não tinha feito contrato até então, por conta dos preços altos cobrados por planos extremamente limitados, era a Vivo. Embora eu tivesse conhecimento da alta qualidade do serviço 3G da Vivo, pois na empresa há modens da operadora a disposição em alguns serviços que fazemos, o custo não era tão interessante para mim. Até que, num belo dia recebi um e-mail da Oi informando sobre novos planos, sobretudo franquias, já que eu costumeiramente ultrapassava os 150 Mb da franquia do meu plano. Eu pensei: boa ideia, é bom eu dar uma olhada nos planos e, quem sabe, eu encontre algo interessante que possa assinar e sair deste sufoco. Nenhum dos planos ofertados pela Oi me chamou a atenção. Principalmente porque eu continuaria com os mesmos 150 Kbps de velocidade após estourá-los e este estouro ocorreria sempre com as franquias que eles oferecem. Eu apenas pagaria um pouco mais e, na prática, continuaria com a mesma velocidade pela maior parte do tempo de uso do serviço.

A Oferta da Oi Que Aguçou Minha Curiosidade

Porém, o fato de terem mexido com minha curiosidade teve um preço. Passei a fuçar à procura de planos melhores. Já conhecendo as deficiências de cobertura da Claro na minha região, a descartei. Fiz o mesmo com a TIM, pois fiquei desconfiado após a má impressão de Junho. Só restava a -- cara -- Vivo. Foi lá que tive a melhor surpresa do ano. A operadora havia expandido a velocidade após consumo da franquia para 256 Kbps. Bastava assinar um plano a partir de 500 Mb de franquia para usar internet 3G em 256 Kbps quando tal limite fosse estourado. E os valores cobrados deixaram de ser uma fábula para se aproximar dos valores cobrados pela maioria das outras operadoras.

Assim, considerei ser melhor pagar, na Vivo, quase o dobro do que eu pagava por uma franquia de 150 Mb na Oi -- para usar o serviço em 150 Kbps após o consumo -- e agora seria de 500 Mb na nova operadora mas com o benefício de usufruir de 256 Kbps após superar a franquia. E não foi apenas uma questão de maior velocidade após a franquia, mas também de melhor cobertura. Tem sinal em todos os lugares onde convivo e trabalho. A rede é super estável, confiável. O sinal não cai nunca.

Outro benefício seria o que a operadora chama de 3G Plus, que na prática para planos iguais ao meu não tem tanta importância, pois uso este benefício durante pouco tempo, enquanto estou dentro dos 500 Mb no consumo. Ele permite usar uma rede 3G de alta velocidade, indo a 3 Mbps. Porém isto só encurta o tempo de consumo dos 500 Mb. Sendo importante mesmo a velocidade que sobra após o limite de 500 Mb ser atingido.

As operadoras concorrem entre si e estão em constante mudanças. Nós aqui, lógico, temos que correr atrás daquelas que oferecem o melhor custo benefício. Neste momento, para minha realidade e no local onde uso serviço 3G, a Vivo está superando com grande vantagem todas as outras. Mas isto não significa que eu deixe de observar os sites e as promoções que surgem entre as demais.
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+ comentários + 4 comentários

Anônimo
17 de janeiro de 2013 às 11:17

Resumindo: Não vale a pena usar nenhum serviço de internet móvel disponível no Brasil.

17 de janeiro de 2013 às 12:04

@Anônimo Exatamente, usar 3G como conexão só em casos onde necessitar ter uma conexão móvel mesmo. Se é pra usar apenas em casa, e onde houver opções, fuja do 3G. São serviços extremamente limitados, a maioria tem qualidade abaixo do nível péssimo (coisa que só no Brasil msm) e são exageradamente caros.

19 de maio de 2013 às 14:19

Esse cara com certeza está fazendo propaganda para as operadoras. Ninguém colocaria um texto falando bem de nenhuma operadora, pois todos os brasileiros sabem que a velocidade da internet móvel no Brasil oscila muito.

19 de maio de 2013 às 15:55

@Marcus Se ler o texto vai ver os prós e contras de cada uma das operadoras. E na minha resposta aqui mesmo eu deixo claro que o serviço móvel de acesso à internet deve ser evitado, justamente pelas razões ditas por você: nenhuma operadora no Brasil oferece um plano decente. É só ler o comentário acima do seu. Observe que em todo o comparativo que faça, mesmo entre os piores, você vai encontrar diferenças. Ao meu ver, isto é tudo o que nós consumidores temos hoje para evitar cairmos em planos péssimos entre os piores serviços: a comunicação. Agradeço imensamente sua leitura e participação no blog, pois me dá a oportunidade de esclarecer a todos que tenham a mesma dúvida que você põe aqui. Aproveito pra lembrar aos demais leitores que os serviços variam de região para região, incluindo tarifas (não apenas qualidade técnica) por exemplo. Portanto, minha experiência pode não ser válida no local onde cada um de vocês moram. Recomendo conversar com o máximo de clientes de outras operadoras, e até fazer um teste com chips pre pagos, antes de fechar um contrato.

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